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  • Prof. Daniel Feliz

O Exercício Físico em casa, durante a pandemia.

Atualizado: 7 de jul. de 2021


O Covid-19 não é um assunto terminado, pelo contrário. A pandemia ainda existe e persiste, as precauções são extremamente importantes. O tempo novo que vivemos vem reforçar as questões sobre como o exercício pode ser benéfico contra infeções, contribuindo para uma maior imunidade.

O nosso sistema imunitário funciona como uma rede altamente complexa de células e moléculas designadas para nos proteger de infeções e doenças. Está comprovado que o exercício físico tem um impacto importante e bastante positivo no funcionamento normal deste sistema.

O tema covid-19 levantou muitas questões sobre como o exercício pode ser benéfico contra infeções, contribuindo para uma maior imunidade. Esta discussão tornou-se mais pertinente com as limitações no dia-a-dia das pessoas, entre elas, por exemplo, o acesso restrito aos ginásios e jardins públicos, onde normalmente praticamos atividade física.

Neste momento, devemos todos minimizar e combater o movimento que é conhecido pelo exercício dos “polegares”, que se traduz em horas infinitas de tela, em jogo, redes sociais e envio de mensagens dos telemóveis. O músculo que em confinamento mais se exercita é o polegar.

Assumindo os cuidados diários como o principio para o afastamento do vírus, existem recomendações/cuidados acerca do próprio corpo e mente que podem ser advindos da prática física, atividade física e/ou exercício físico, seja ele no formato desportivo, de lazer ou controle de saúde.

Começamos então pela diferença entre atividade física e exercício físico? De forma simplista, atividade física é qualquer movimento corporal produzido pelos nossos músculos esqueléticos, que resultam em gasto energético maior do que os níveis de repouso. Então, a quantidade de energia para tal atividade, bem como sua intensidade e duração irão classificá-la em nível leve, moderado ou intenso. Já o exercício físico é uma subcategoria da atividade física e implica a realização de movimentos corporais com utilização dos músculos tendo em conta a relação do gasto energético de uma forma planeada, estruturada, sistematizada e repetitiva.

De certa forma, ao planear treinos, é possível atingir equilíbrio, e potenciar o sistema imunológico uma vez que o próprio exercício tem um potencial homeostático do nosso corpo proporcionando evoluções e adaptações.

Relativamente aos vários exemplos de atividade física / exercício físico, é percetível, como exemplo, a prática da atividade física quando realizada ao ar livre substanciando-se em atividades aeróbicas, especialmente realizadas individualmente, evitando-se aglomerações face ao período que vivemos.

Devemos evitar neste momento a prática de desportos coletivos, mesmo quando é realizada em pequenos grupos.

No caso da atividade física ser realizada em casa sugere-se como exemplo, exercícios de fortalecimento muscular (agachamentos, flexões, abdominais, entre outros). Exercícios de alongamentos, exercícios de equilíbrio e subida/descida de escadas, de preferência com auxílio de procedimentos tecnológicos, tais como vídeos com séries de exercícios (tabata), aplicativos e orientação profissional on-line. Também se sugere todo o tipo de exercício físico facultado nas aulas de Educação Física que funciona como uma súmula que vai ao encontro do referido anteriormente.

No confinamento recomenda-se que a intensidade dos exercícios físicos seja de intensidade leve a moderada, com várias series de repetições e necessidade de mais tempo para recuperação.

A duração de cada sessão de exercícios seja de aproximadamente 30 a 60 minutos por dia.

Devemos também considerar uma alimentação equilibrada articulada com uma prática regular de atividade física. É muito importante a redução do comportamento sedentário. Tentar reduzir ou minimizar os comportamentos sedentários para o máximo de 6 a 8 horas acumuladas durante o dia. Em tempo de confinamento devemos também tentar reduzir para o máximo de 2 a 4 horas sentado em frente ao ecrã durante o dia. Como sugestão final para combater o sedentarismo devemos procurar fazer a maior quantidade de interrupções/pausas no tempo sentado, ou seja, a cada hora sentado, ficar em pé pelo menos 5 minutos.

Como mensagem final, e sugestão às várias duvidas, devemos deixar como mensagem, que o exercício físico moderado e regular deve ser especialmente estimulado durante os confinamentos como medida para a prevenção de doenças metabólicas, físicas e/ou psicológicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) por sua vez, também recomenda que indivíduos assintomáticos saudáveis pratiquem exercícios físicos de moderada intensidade, no mínimo, 150 minutos por semana (adultos) ou 300 minutos por semana para crianças e adolescentes, distribuídos por 3-4 vezes na semana. Tais práticas devem incluir exercícios aeróbicos e de força, indoors ou outdoors seguindo as regras governamentais locais.

Por fim, é decisivo que, antes de mais, cada um de nós retire prazer da atividade física que escolheu praticar, aumente a sua relação em dominar/passar pela doença sempre com a vontade e esperança de a vencer.


Texto: Professor Daniel Feliz

Revisor: Paula Faia

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