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Fascismo, ou não?

  • Tomás Martins
  • 30 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Muitas pessoas perguntam o que é o Fascismo, e o que defende. Mas para isso, temos que recuar até à Europa do final do séc. XIX, depois da Segunda Revolução Industrial, época de grandes transformações filosóficas, sociais e económicas.


Muitos pensadores da época começaram a defender as tradições e o patriotismo, ideias essas nacionalistas e baseadas no individualismo Iluminista do Séc. XVIII. De seguida esta filosofia começou a ganhar “popularidade” entre sistemas políticos, e em 1922/23 o Partido Nacional Fascista, comandado por Benito Mussolini, subiu ao poder em Itália, com o nome de fascismo.


Benito Mussolini não foi de certeza o primeiro a prometer ao povo coisas que não conseguia cumprir, mas usou uma abordagem diferente baseada no nacionalismo, ostentando o que a Itália fora no Império Romano. Essa abordagem teve tanto sucesso que foi utilizada e manipulada por outros líderes políticos que se tornaram ditadores. No entanto, o momento da ascensão não foi por acaso, nessa altura existia uma grave crise económica nos países da Europa devido à 1ª Grande guerra e à Grande Depressão, e como sempre existem consequências negativas para ambos os lados, tanto a nível social como económico. E como podemos notar estes regimes Fascistas beneficiaram da fragilidade do povo para se afirmarem.


Em Portugal não foi diferente, também tivemos um governo extremista fascista, o Estado Novo chefiado por António de Salazar. Assim, como os outros regimes extremistas, uma vez no poder o governo usa maneiras de opressão e controlo de massas, temos o exemplo da PIDE que capturava os chamados “Opositores políticos” que dava tanto que falar. E ainda tivemos a Mocidade Portuguesa que controlava a maneira de pensar das pessoas desde a juventude. Para além de Mussolini e Salazar também subiram ao poder Franco e Hitler que tinha uma abordagem invulgar do fascismo.


Todos estes líderes políticos estiveram no poder no séc. XX, mas isto não é “coisa do século passado”, também atualmente existem partidos de extrema-direita que têm ganhado muita popularidade.


Por todo o mundo , existem muitos partidos de extrema direita como em Espanha o VOX com quase 2,5 milhões de eleitores e RN ou Reagrupamento Nacional em França presidido pela controversa Marine Le Pen com perto de 3 milhões de eleitores .


Nos dias de hoje, surgiu em Portugal, o partido político de extrema direita (Fascista): “Chega”, com as suas ideias ultranacionalistas, repressoras das bases, antidemocráticas, de distinção entre brancos e negros, na distinção de direitos do género, na diferenciação de portugueses bons e criminosos.


A deportação de minorias e o racismo entre este tipo de mentalidades é repugnante! Tal como o Imperador César e outras personalidades, partidos populistas tentam pôr em prática o termo “Dividir para conquistar”.


Estes partidos são perigosos a nível social e cultural, e estas forças contra-revolucionárias apenas têm “sucesso” , porque a maioria das pessoas não têm a real perceção do que estes partidos são, e como marcaram e mancharam a história da humanidade.


“O Povo que subjuga outro, forja as suas próprias cadeias.” -Karl Marx



Texto: Tomás Martins Barata

Revisão: Professoras Paula Faia e Adélia Silva



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