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  • Nuno Sampaio

A mudança de um livro

Os livros fazem parte do nosso quotidiano, são memórias deixadas em papel, ou formato digital, que pretendem passar o pensamento de quem as escreve para lá das suas conversas em ambientes que lhe são familiares.


Na maior parte das vezes começamos a ler por influência de alguém que nos é próximo e acabamos por nos apaixonar por aquilo que é a transmissão de valores sociais e históricos, de aprendizados. Quando se trata de leitura, o primeiro passo é de elevada importância. Como professores, pais, irmãos ou primos mais velhos, incentivar os mais pequenos a ler é uma missão social comum. Comigo não foi diferente da maior parte dos casos, o meu pai desde cedo começou por ler-me histórias para adormecer e assim ganhei o gosto pelos contos. Desde a história da "Branca de Neve e os sete anões" até "À procura de Nemo", a literatura deixou em mim sempre lições importantes.


Não basta apenas darmos o primeiro passo, é necessário continuar a caminhar em direção ao saber. De longo caminho, mas compensativo. Infelizmente não foi bem assim a minha trajetória. Apesar de ter sido cultivado o hábito de leitura, não se manteve por muito tempo. Quando comecei a entrar na pré-adolescência os contos eram para mim coisas de crianças, ler era “vergonha”. Aquele que aparecesse a ler sofria um certo preconceito, considerado “beto, marrão” entre outros adjetivos que naquela idade soavam de forma pejorativa. E assim parei de ler até ultrapassa-la.

Após ter passado pela fase em que a opinião dos outros é sempre mais válida que a nossa, por volta dos 15/16 anos, voltei a pegar num livro. Sentia-me estranho e parecia ser algo anormal, óbvio após ter ficado anos sem pegar num. Era um livro sobre política, assunto sobre o qual por influência familiar me interesso desde cedo. Sim, não se tratava do livro que normalmente um adolescente gostaria de ler, mas foi esse tipo de livro que reatou em mim o gosto pelo aprender através do virar de páginas, que refletem a sabedoria de mortais e que imortalizam o seu conhecimento.

Foi assim após ter mexido numa prateleira em casa de um dos meus avós que adquiri um hábito que até hoje mantenho, o apreciar da literatura.


Hoje em dia já no início da fase adulta, percebo melhor do que nunca a importância da leitura, a mudança que um livro pode provocar na forma como vivemos e pensamos.

Apesar de não compreendidos por parte da maior parte dos estudantes os imensos incentivos feitos pelas escolas, com grande suporte do governo, têm o seu valor.

Quem lê um livro, nunca mais é o mesmo. “A educação é a única forma de evolução”.



Autor: Nuno Sampaio

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