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  • Vasco Nico G.

A minha experiência de vida depois de terminar um Curso Profissional

Ainda antes de acabar a minha vida escolar, encontrei no meu estágio curricular um trabalho na área que desejava, algo que muitos sonham em conseguir, especialmente os alunos que optaram pela via do curso profissional, como foi o meu caso. Dia 15 de abril de 2018, dei os primeiros passos naquilo que parecia ser uma amostra do resto da minha vida. Fiz o estágio de 3 meses num trabalho para a produtora Plural, apliquei-me, na esperança de que no final daquilo tudo me contratassem. Claro que sempre soube que não queria ser segundo assistente de realização e “fazer novelas” durante toda a vida, mas aqui estava o inicio de um longo caminho.


E assim foi, no final dos três meses fui para casa e por muito que eu queira dizer que estava certo de que uma chamada ia chegar, a verdade é que só tinha dúvidas, e uma nova alcunha que me tinham dado durante o tempo que lá estive. Demorou cerca de um mês até que me ligassem. Primeiro queriam que eu fosse lá trabalhar um dia para ver como é que me safava, uma espécie de teste final e, se me saísse bem, o trabalho era meu. Fiquei logo entusiasmado com a ideia de que finalmente ia ter a minha oportunidade, mas infelizmente tal não aconteceu. Sim, ligaram-me com esta oferta, mas a data para que marcaram este encontro já estava ocupada com a apresentação do meu relatório de estágio. Fui honesto, mas não recusei à primeira, disse que ia tentar mudar o dia da apresentação e assim que desliguei a chamada tentei ligar à professora Elsa Mota para que isso acontecesse, mas não estava apenas nas mãos dela o poder de decisão. No final adiou-se a apresentação. Por isso no dia seguinte ainda de manhã liguei para quem me tinha feito o contacto a dizer que sim, que com todo o gosto ia trabalhar aquele dia! A resposta foi simples e curta: “Agora já temos outra pessoa.” E assim, como se nada fosse, a minha oportunidade tinha fugido.


E durante mais um mês nada aconteceu. Até que me voltaram a ligar, desta vez para eu ir à Plural e falar com eles, para que eles me fizessem uma proposta. Como a única coisa que tinha a perder era um episódio de How I Met Your Mother na FOX, fui. O que propuseram foi um estágio remunerado enquanto segundo assistente a receber o salário mínimo e como é óbvio eu aceitei.

E assim começou a minha vida profissional e a verdade é que não há grande história. Correu tudo bem, durante um ano e meio tive sempre trabalho, até mesmo durante a pandemia não tive qualquer problema, fui um sortudo nesse aspeto.



Até que no final de novembro de 2020 a produção em que estava a trabalhar terminou, assim como o meu contrato de trabalho. Mais para o final da produção comecei a ter dúvidas se era realmente este o caminho que queria seguir. Decidi então parar de trabalhar durante uns tempos, pelo menos até ao final de 2020 para pensar no que devia fazer.

Durante este tempo decidi começar a escrever um Podcast humorístico chamado “Uma da Manhã” e à medida que o ia escrevendo, gravando e editando ganhei um gosto especial pela comédia, e a realidade é que as minha dúvidas eram cada vez maiores. Cheguei a ter medo de que estivesse completamente perdido. Ainda gostava da ideia de ser realizador de cinema, mas a realidade é que não me vejo a fazer só uma coisa no futuro. Há todas estas outras coisas que eu quero fazer, por isso, seja a fazer stand-up, a ser ator, a fazer música ou até mesmo a realizar filmes, a única quase certeza que tenho é que nunca vou ser rico. Para o ano vou para a faculdade de cinema. Ou talvez faça um curso de escrita. Quiçá um curso de ator... Ou quem sabe todos ao mesmo tempo. O futuro depois do 12.º ano não é certo, mas agarrem as oportunidades que conseguirem e não deixem de estudar. Eu sei, frase clichê... Mas mesmo que uma caixa de supermercado seja tudo o que conseguem ver no futuro, o poder de mudar isso está nas vossas mãos. Olha... mais uma frase feita! No fundo o que importa é perceberem onde querem chegar. E acreditem... Pode demorar algum tempo até perceberem.



Texto: Vasco Nico G.

Revisão: Dinis Marques

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