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  • 8.ºB

A caminho do desenvolvimento sustentável?


Em 2015, As Nações Unidas promoveram os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a alcançar até 2030. Portugal também está nesta iniciativa. Os países nórdicos são os países que estão na “liderança”. A Dinamarca, Suécia e Finlândia são os únicos países com mais de 70 pontos. Portugal surge em 15 º lugar, com 66.2 pontos. A média da União Europeia é de 70.1. Olhando para os números, enquanto cidadãos, consumidores e habitantes de um planeta que se está a esgotar, é inevitável questionarmo-nos e questionar as empresas sobre o que está a ser feito para nos tornarem sustentáveis.

Convém, em primeiro lugar, saber o que é a sustentabilidade empresarial, perceber se é ou não um paradoxo e o que está ao nosso alcance fazer para que Portugal não fique, uma vez mais, abaixo da média Europeia.



O que é a sustentabilidade empresarial?

Sustentabilidade empresarial é um conceito que está relacionado ao conjunto de ações que uma empresa leva a cabo, que lhe permita crescer economicamente (afinal, esse é o objetivo dos negócios), respeitando o meio ambiente e o desenvolvimento da sociedade como um todo. Isso significa que planeamento, ações e estratégias de desenvolvimento devem contemplar atitudes éticas, conscientes e que concorram para um mundo melhor.


Que empresas manifestam já esta preocupação?


Corticeira Amorim

A Corticeira Amorim foi fundada em 1870 e é o maior grupo de transformação de cortiça do mundo. Porém, apesar de líder de mercado, não descurou a importância de reduzir a sua pegada ambiental e implementou práticas que a tornam numa empresa sustentável.

Através de parcerias com outras empresas, como o grupo Sonae, que promove a recolha de rolhas de cortiça utilizadas, foi implementado um processo de reciclagem que permite o aumento da reutilização da matéria-prima, a cortiça, prolongando o seu ciclo de vida, cujo principal benefício ambiental é a capacidade de retenção de CO2.

A cortiça reciclada é usada nos mais variados produtos: em revestimentos e isolamentos, na construção civil, em caiaques de alta competição, no desporto, em componentes de automóveis e aviões e até no mundo da moda.


Jerónimo Martins

A Jerónimo Martins é uma empresa portuguesa de distribuição alimentar que apresenta uma estratégia sustentável designada “5 Pilares de Responsabilidade”:

1.º PILAR: Promover a saúde pela alimentação: envolvimento com stakeholders (parceiros) na construção da marca.

2.º PILAR: Respeitar o ambiente, através da gestão responsável de resíduos, escolha criteriosa de materiais para produção de embalagens, o que já se traduziu no encaminhamento de 85.8% dos resíduos das operações para valorização e na redução da pegada carbónica em 37.9% por cada 1000€ de vendas face a 2017.

3 º PILAR: Comprar com Responsabilidade: zero desflorestação líquida, pescado sustentável e bem-estar animal.

4 º PILAR: Apoiar Comunidades.

5 º PILAR: Ser um empregador de referência: criação de novos postos de trabalho – 61.5% dos colaboradores são efetivos, 88% trabalham em regime full-time e 30% de taxa de rotatividade de grupo.


Sociedade Ponto Verde

A Sociedade Ponto Verde é uma entidade privada, sem fins lucrativos, mas com uma missão crucial para um futuro sustentável: promoção da recolha seletiva, retoma e reciclagem de embalagens em Portugal.

A Sociedade Ponto Verde existe desde 1996 e foi criada por um grupo de empresas embaladoras, cujo objetivo é contribuir para a consecução dos ODS 4,12 e 13.

Em primeiro lugar, proporcionam as condições para que nós, cidadãos portugueses, cumpramos com o nosso dever cívico de reciclar. É esta a empresa responsável pela recolha e separação das embalagens por todos nós usadas e pela sua reciclagem, já que vendem o plástico, vidro e cartão a empresas recicladoras e se asseguram da sua efetiva transformação. Em segundo lugar, promovem ações sensibilização ambiental para que os cidadãos se tornem mais conscientes da importância do seu papel em todo este processo. Por isso, por que não dar uma mãozinha à Sociedade Ponto Verde?

Desde que foi constituída até hoje, já reciclaram 191 861 t de vidro, 68 235 t de plástico, 139 851 t de papel, 9094 t de metal e 16 t de madeira. Porém, mais poderia ser feito se todos reciclassem.


Too Good To Go

A Too Good To Go é uma empresa que foi criada com o objetivo de combater o desperdício alimentar. A estratégia da empresa é simples: através de uma app gratuita qualquer estabelecimento de restauração pode vender as refeições já confecionadas, mas que não foram vendidas.

A empresa foi criada em 2016 na Dinamarca por Brian Chirstensen, Thomas Bjorn Momsen, Stian Olesen, Klaus Bagge Pedersen e Adam Sigbrand. A Too Good To Go está presente em 15 países (Europa e EUA) e no total conta com mais de 39.000 estabelecimentos parceiros e mais de 19 milhões de utilizadores, que já salvaram mais de 30 milhões de refeições, evitando que 76.000 toneladas de CO2 fossem emitidas para a nossa atmosfera.

Para atingir o seu objetivo, além de parcerias com estabelecimentos comerciais da área da restauração e distribuição, a Too Good To Go tem também uma parceria com a Refood, projeto criado em 2011 por um americano, Hunter Halder, que partilha o mesmo objetivo: combater o desperdício alimentar através da distribuição de refeições aos grupos sociais mais carenciadas. Assim, todas as refeições que não forem vendidas poderão ser doadas pelos estabelecimentos comerciais via Too Good to Go à Refood, que as fará chegar a quem mais precisa. Evitam o desperdício alimentar e contribuem para a redução da emissão de CO2 para a atmosfera.



Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, 8.ºB

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