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Preconceito

  • Duarte Candeias
  • 2 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Desde os primórdios da humanidade, as injustiças sociais são algo que está presente na nossa sociedade. Tal como o nome nos sugere, a partir do momento em que nós, seres humanos, começámos a esboçar os modelos mais primitivos, daquilo a que mais tarde viríamos a chamar de “sociedade”, que começaram a surgir injustiças e problemas sociais dentro da mesma. Durante o período Clássico, estes problemas sociais acabaram por se agravar com o aparecimento das primeiras formas de privação de liberdade e de escravatura. Foi claramente em Roma e na Grécia Antiga onde surgiram as primeiras ideias de superiorização de uns homens em relação aos outros.

É, então, na Idade Média que o modelo de sociedade hierarquizada se perpétua, colocando praticamente rótulos nas pessoas, que lhes davam, ou não, direito a certo tipo de vida. Toda uma série de acontecimentos que enchiam o copo das desigualdades e do desrespeito pelos direitos humanos.

A meu ver, o derradeiro transbordar do copo dá-se entre o século XV e o século XX. Começa, sem dúvida, na altura em que a hegemonia europeia era clara, bem como a necessidade de descobrir novos mundos, de pisar chão nunca antes pisado, de respirar ar jamais respirado por alguém do mundo conhecido, até então. Toda esta visão extremamente eloquente e única que a sociedade europeia possuía de si, nesta altura, contribui fortemente para o desrespeito, descaso e marginalização que acabariam por ter pelos povos, habitantes destes novos mundos, e pelas suas culturas e vidas. É aqui que se populariza a escravatura, palavra que fala por si mesma. Uma das piores invenções da história da humanidade que acabou por deixar uma tremenda marca, até aos dias de hoje, na nossa sociedade. Tudo isto acabou por culminar em inúmeras guerras raciais, em preconceitos e desigualdades sociais enormes e mesmo em sociedades completamente segregadas a nível social. Tudo isto faz com que me pareça quase utópica a ideia de isto poder acabar um dia, mas, mesmo assim, mantenho a esperança num futuro melhor.


Texto: Duarte Candeias, 10.º H1

Revisão: Prof.ª Ana Paula Ribeiro



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