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O dilema de nos tornarmos maiores

  • Nuno Sampaio
  • 2 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Muitos de nós sonham com a independência desde cedo. Infelizmente os nossos maiores sonhos podem facilmente tornar-se nos nossos maiores pesadelos.

Quando entras na adolescência, começas a aperceber-te de que existem muitos aspetos da vida que não podes experienciar, quer seja porque os teus pais não te deixam, ou porque a sociedade te impede, e a revolta costuma ser um dos principais sentimentos a invadir os nossos corações.

Jovens, normalmente com pouca noção e sem muito a perder, a solução que muitos de nós achamos ser a mais viável é destituir o tempo da sua função e romper etapas. “Não podes, ainda és muito novo para isso", “Quantos anos tens? Porque é que isso interessa?”. Na nossa inocente visão, já todos ouvimos essas perguntas e respondemos com algum ódio no coração e rebeldia em mente.

A verdade é que, a bem ou a mal, todos nós acabamos por ter de enfrentar a vida adulta. Em contraste com aquilo que foi o nosso pensamento quando mais novos, a idade adulta não é apenas sinónimo da busca pela independência, é também, muitas das vezes, sinónimo do aparecimento de inúmeras responsabilidades. A simplicidade de ser adulto, fazer-se o que quer, quando e com quem quiser é simplesmente destruída.

Na maior parte dos casos, quando se abre uma fecham-se outras, portas, fecha-se a dependência e abrem-se a responsabilidade e as consequências.

Ser adulto vai implicar igualmente fazer o que não se quer, quando não se quiser e, muitas das vezes, sozinho, tendo ainda uma desvantagem maior – “ou fazes tu por ti, ou ninguém o fará".

“É bonito viver-se na inocência, inconsciente daquilo que poderia ser a nossa consciência”.


Texto: Nuno Sampaio

Revisão: Prof.ª Ana Paula Ribeiro


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