"Espaço M", um desafio de mudança a toda a comunidade escolar do Agrupamento...
- Prof. Acúrcio Domingos
- 2 de nov. de 2021
- 2 min de leitura
Por razões de economia jornalística, que pede contenção a quem escreve, alinham-se, apenas, pontos abertos de leitura e discussão que justificaram a substituição do antigo GPD (Gabinete de Promoção da Disciplina) pelo recente "Espaço M":
· Imaginar a escola indiferente à Mudança que varre o mundo, seria uma cegueira que ninguém quer carregar;
· As mudanças contagiam, também, os espaços de aprendizagem, que são hoje todos os lugares da escola, desafiando-a espraiar-se, cada vez mais, para lá do ensino mais formal, sempre fundamental mas exíguo, para outras margens menos habituais, mas igualmente necessárias: aprendizagens informais, dinamização de projetos, organização de clubes, intercâmbios escolares…
· Nesse movimento perpétuo, o papel do professor é uma referência essencial, já não tanto no papel do “guia turístico” do saber, mas como apontador de saídas, de descobertas, de leituras outras para lá do imediato, despertando nos alunos, na expressão feliz de Rubem Alves, “os assombros que crescem nos desvãos da banalidade quotidiana”.
· Na viagem cabem também os pais, assistentes operacionais e os alunos, comprometendo-se e cooperando nessa criação do saber e no compromisso de o fazer acontecer.
· Os espaços de aprendizagem são lugares onde se tecem, de forma cuidada e fina, uma rede complexa de relações, a começar nas humanas, assentes nos pilares da imaginação, da solidariedade e da cooperação.
· São estas referências que moldam o Espaço M, tornando-o um espaço de acolhimento, de proximidade e de partilha de decisões diferenciadas.
· Na ressaca de uma pandemia que nos sugou alguma da nossa melhor saúde mental, convém reforçarmos estes laços entre todos.
· E onde fica o tratamento da disciplina? Essa terapia sábia e adequada percorre todos os lugares da escola, transformando-se em campo de aprendizagem também, e onde um gesto de atenção e ou de maior cuidado, pode evitar outros males ou problemas.
· E se o aluno, apesar de todo o esforço para o ajudar, para o integrar se mantiver teimosamente renitente à Mudança? Nessa altura, a sua autoexclusão de todos os mecanismos preventivos não deixa outra alternativa que não seja a medida disciplinar, envolvendo, rápida e eficazmente, o aluno, o encarregado de educação e a Direção da escola.
· Haverá sempre quem pense que se perdeu muito tempo no processo de formação. É possível, mas, as grandes Mudanças de atitude e comportamento exigem paciência e sabedoria.
· E há, depois, as pequenas/grandes surpresas de ver alunos já, a exemplo do EçaNews, disponíveis para ajudarem a concretizar essa mudança positiva que contagia os pares.
· Não será esse o bom contágio que todos queremos e esperamos que aconteça no nosso Agrupamento?
Não tenho dúvidas na resposta.
ESEQ, 27/10/21
Prof. Acúrcio (EMRC)

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