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Conflitos entre a Rússia e a Ucrânia

  • EçaNews
  • 5 de mai. de 2022
  • 4 min de leitura

Atualizado: 23 de jun. de 2022

No âmbito da disciplina de Filosofia, os alunos do 10º ano, turmas H1, H2 e H3, realizaram com a docente Patrícia Graça trabalhos de grupo sobre o tema: “Conflitos entre a Rússia e a Ucrânia”. Esta temática articulou-se com o Juízo de Facto e Juízo de Valor. Os alunos sentiram-se motivados e realizaram com sucesso a atividade programada.



Atentado à empatia humana.

Dado o cenário atual, acho bastante importante refletirmos sobre o que é que terá levado a raça humana a desencadear uma guerra, enquanto ainda procurávamos ultrapassar uma outra. É natural que os conflitos armados choquem a população ocidental, em pleno século XXI.

Espanto este que surge como uma tentativa de disfarçar a tamanha preocupação existente, não com o conflito em si, mas com a sua localização geográfica. As razões que nos trouxeram até à invasão russa do território ucraniano são imensamente vastas e enumerá-las é algo muito complicado de se realizar, mas prendem-se sobretudo com a proliferação da ganância e do egoísmo subjacentes, sobretudo dos dirigentes da ofensiva russa.

A vontade de colocarmos os nossos interesses acima do bem-estar comum, acaba por nos cegar completamente no que toca a observarmos o ponto de vista alheio/contrário ao nosso. Vontade esta que desencadeia situações completamente

catastróficas como a que vivemos. Depois de uma pandemia tão penosa, precisávamos de tudo menos do «pandemónio» atual.

Portugal já foi vítima de algumas invasões ao longo da sua história e conseguimos sempre resistir às ameaças vindas do exterior. Subsistimos até aos dias de hoje baseados em diversos valores, entre os quais destaco o de pátria e o sentimento de pertença a uma nação. Este sentimento tão belo e puro de se verificar está explícito nas crónicas Fernandinas, por exemplo. Somos portugueses, cidadãos de Portugal, possuímos os nossos costumes, a nossa cultura e queremos viver no nosso país. O mesmo se aplica a todos os cidadãos ucranianos, que infelizmente veem a sua tão amada pátria ser invadida e destruída. Tudo devido a fatores que são desconhecidos totalmente pela maioria. Esta violação da soberania levada a cabo pelo exército russo atenta contra todos os valores referidos anteriormente.

Este conflito é imensamente complexo e dele podem surgir uma série de interpretações, dependentes é claro da perspetiva e do contexto de quem o analisa. Porém, considero que o ponto comum a todas essas opiniões é o facto de a guerra não ser uma solução, mas sim um fator desencadeador de um sem número de outros problemas. Num cenário de guerra, não existem vencedores, ela por si só já é uma crassa derrota da empatia humana.


Trabalhos realizados pelos alunos Ana Bastos, nº4; Bruno Manuel, nº 8; Duarte Candeias, nº 14 e Jéssica Gonçalves, nº 19, do 10º H1.



Há uma guerra a milhares de quilómetros de distância. A grande maioria de nós nunca viu pessoalmente nenhuma das pessoas envolvidas no conflito nem vai ver. É uma cultura diversa numa língua que não conhecemos. Mas é algo que nos traz angústia, porque se associa até mesmo à 3ª Guerra Mundial, com impactos nucleares, milhões de mortes e, no limite, o fim da Humanidade.

Acompanhamos os acontecimentos em dispositivos eletrónicos, como ipads, telemóveis, pelo Instagram, TikTok, grupos de WhatsApp e, para os mais antiquados, até mesmo por jornais ou pela televisão. A guerra então é metade real, pelas possíveis

consequências que afetam tudo e todas, mas também virtual, pela maneira a que temos acesso ao sucedido.

Nas redes sociais, nos bares, nos cafés, as pessoas começam a posicionar-se sobre este facto. Alguns acreditam que a Ucrânia foi invadida de maneira injusta e impiedosa por uma Rússia cruel e que é uma guerra em que se deve apoiar o país agredido. Outros acreditam que a própria Ucrânia forçou a invasão, pela insistência da integração na NATO.

Alguns solidarizam-se com os ucranianos. Outros criticam aqueles que se solidarizam. Particularmente, fico chocada com a posição de Vladimir Putin. É eticamente incorreta a invasão de Vladimir Putin à Ucrânia. Nenhuma das justificativas e relativizações apresentadas para a invasão me convence, seja o perigo da integração da Ucrânia na NATO, seja a suposta nazificação do país. A Ucrânia foi uma república da antiga URSS, mas depois foi separada do Estado-mãe por decisões políticas.

Será que quem discorda de mim possui mais ou menos acesso aos factos, à verdade? Há alguém com acesso privilegiado às circunstâncias? Mas vejo que até mesmo os especialistas divergem por meio de teorias liberais, realistas, entre outras.

Mesmo com tantos argumentos para dizer que não devemos ter convicções dogmáticas, considero que esta guerra é injusta e injustificável. Mas seria mais honesto termos consciência de todas as nossas fragilidades pessoais, dificuldades e obstáculos, antes de nos tentarmos pronunciar com certezas sobre algo tão grave.

Até quando isto continuará?


Trabalho realizado por: Maria Inês Correia, Nº18 e Maria João Carvalho, Nº30, do 10º H2



Juízo de valor sobre a guerra na Ucrânia

Acerca da guerra, achamo-la cruel. A guerra tem-nos atormentado ao longo de toda a história humana.

Achamos que antigamente havia vezes em que era impossível seguir por meios diplomáticos, pois em muitos casos isso nem existia, mas, no século atual, achamos que a via diplomática é preferível aos meios agressivos e opressores, como a guerra.

Porque é que o ser humano insiste neste meio? Porque vivemos num mundo onde estamos ou somos obrigados a acreditar que o povo “X” é melhor que o “y”.

Além do mais, desde a primeira guerra mundial, a “guerra” sempre matou mais civis do que militares e isso é realmente deplorável. Pessoas que porventura nem percebiam o motivo ou as razões da guerra são mortas, simplesmente porque outras pessoas, como no caso Putin ou qualquer outro dirigente europeu ou americano, decidiram.

No caso atual, existe um invasor e um invadido, um invasor que ameaça invadir, matar e fazer coisas nunca antes vistas e um invadido que não ameaçou e agora acha que se sente obrigado a matar e a “resistir”.

Tomamos o partido do povo, do povo de ambos os “lados”, o povo que nada faz e tudo sofre.


Trabalho realizado por: Fábio Jesus, Nº8; Hugo Dias, nº 10; João Pereira, nº 12; João Silva, nº 13; João Pinto, nº 26, do 10º H3




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