Alertar para as alterações climáticas através da arte

Alertar para as alterações climáticas nunca é demais. Esta crise, cada vez mais urgente, é vista também aos olhos de artistas que apelam à solução de problemas como a poluição, o aquecimento global, entre outros.

Maya Lin: Ghost Forest (Manhattan, New York, 2021)

Esta peça realça os efeitos prejudiciais das alterações climáticas nas florestas, mostrando a floresta fantasma feitas de árvores atlânticas de cedro branco. As populações de cedro branco do Atlântico encontram-se em perigo perante alterações climáticas como temperaturas extremas, fortes ventos e fogos rebeldes.

Ruben Orozco: “Bihar” (“Amanhã”) - (Bilbao, Espanha, 2021)

“Bihar” demonstra uma rapariga a afogar-se, esta fica mais ou menos submersa sobre a água dependendo de como a maré muda. Esta escultura remete precisamente à sustentabilidade e como as nossas escolhas irão resultar no futuro das próximas gerações. Está também clara a ligação à crise climática, especialmente ao aumento do nível do mar. Se as alterações climáticas resultarem no aumento do nível do mar, esta figura pode ficar completamente submergida. A estátua com a expressão de uma geração inteira.

Cai Guo-qiang: A Nona Onda (Shanghai, China, 2014)

Esta peça apresenta esculturas de espécies em risco de extinção mortas a bordo de um navio, referenciando a arca de Noé. Nas palavras do próprio autor, “Os problemas que temos agora são um sintoma dos tempos em que as pessoas são mais agressivas e materialistas e estão a explorar os recursos da natureza para ganhar dinheiro para os seus próprios meios.”

Tijan Firadaus: As Alterações Climáticas São Reais (2020)

Nesta obra, Firadaus representa o papel que o efeito do desperdício eletrónico traz nas alterações climáticas, criando assim um quadro repleto apenas de partes eletrónicas. Esta obra de arte captura a inocência e ingenuidade duma criança, tendo como objetivo aumentar a discussão e notabilidade perante a destruição do ambiente pelo lixo eletrónico.

Zhc: Crise Climática (Bangladesh, 2016)

Zhc é um jornalista visual que capta problemas referentes às alterações climáticas e questões humanitárias no Bangladesh. Esta obra de zhc relata uma seca e estéril paisagem assim como o deslocamento humano perante os resultados das alterações climáticas.

Treahna Hamm: Olho da Tempestade (2020)

Hamm é um artista que tem como objetivo iluminar a discussão sobre a degradação de paisagens indígenas culturais causada pelas alterações climáticas e incêndios florestais. O manto de pele de gambá simboliza todos os animais que morreram devido aos incêndios e conexões culturais com a terra.

Autoria: Beatriz Ferrão