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  • Maria Inês Curto

Está na hora de decidir o meu futuro... E agora?

Atualizado: 7 de jul. de 2021

Desde pequena que me perguntam “O que queres ser quando fores grande? ”. Eu respondia sempre o mesmo, que queria ser médica cirurgiã. Sempre pensei que era algo interessante e bom de se ser. Tenho apenas 13 anos, mas já penso e discuto com pessoas o que virei a ser, porque, na verdade, a idade não afeta o pensamento sobre o futuro.

Imensas coisas me vêm à cabeça como: música, ciências, desenho, escrita, e muitas mais… Tento descobrir o que me traria mais vantagens e prazer em fazer. Um dos aspetos que é preciso ter em atenção são as classificações, que acabam por ser um problema para muitos jovens por não conseguirem obter média suficiente para entrarem na faculdade em que pretendem ingressar, e por vezes decidem seguir outra área e não a sua verdadeira vocação.

Existem muitas escolhas que podemos fazer em relação à vida posterior ao secundário. Dou-vos o exemplo do meu irmão: ele começou o secundário numa área do ensino regular, queria ser informático. No 11.º ano, ele percebeu que o que estava a estudar não era o que queria fazer no futuro. A notícia surpreendeu os meus pais e avós, deu muito que pensar e refletir.

Claro que os meus pais ajudaram e apoiaram o meu irmão a seguir a sua vocação. Uma das consequências que houve para o meu irmão foi ter que repetir o 10.º e o 11.º anos transitando do ensino regular para um curso profissional de multimédia.

Mesmo depois de ter acabado o secundário, começaram-lhe a vir as dúvidas se o curso foi o suficiente. Um dos aspetos que ele comentou foi que, se pudesse fazer estes três anos outra vez, os teria feito no ensino regular. Eu conclui que aqueles cinco anos à procura da sua vocação, o deixaram ainda com mais sede de conhecimento do que antes. Disse ele que precisava de mais bases para finalmente seguir o percurso de encontro ao seu futuro. Então, o meu irmão decidiu esperar um ano antes de ir para a faculdade ou ir trabalhar, porque essas são as opções que ele poderia ter reconsiderado. Mas decidiu esperar, refletir e fazer formações em várias áreas, para encontrar o seu caminho.

Há vezes em que temos parar para pensar, não significa que precisemos de parar de trabalhar e estudar, simplesmente dá-nos mais tempo para fazê-lo mais calmamente e com outra maturidade. A maior parte dos jovens do ensino regular optam por ir para a faculdade e continuar a estudar, mas por vezes é mais complicado, porque alguns têm a influência ou exigência dos pais para seguirem um curso específico, apercebendo-se tarde demais que não é o de que realmente gostariam, ou que teriam prazer em estudar.

Outra percentagem dos alunos, a seguir ao secundário, começa a trabalhar, cada um tem os seus motivos e razões, alguns não chegam a fazer estudos ou a pensar sobre o assunto. Por vezes, arranjam empregos que não correspondem às suas expetativas, mas têm trabalho garantido por um tempo determinado, sem evolução, realização ou gosto pelo que fazem. Porém, isso não é obrigatório acontecer com toda a gente que começa a trabalhar desde cedo, porque por vezes as pessoas podem descobrir novas qualificações, o que as ajuda a ter uma ideia da área com que mais se identificam.

O nosso futuro deve ser uma decisão só nossa, porque somos nós que o vamos viver; deve ser algo que dê “gozo” de praticar, e que todos os dias nos dê mais e mais desafios, e mais vontade de aumentar e aprofundar o nosso conhecimento. Sem isso não seria entusiasmante. É compreensível que as pessoas escolham as típicas profissões que geram dinheiro, mas existem outras, para além dessas, que são igualmente lucrativas, a diferença é que gostamos delas. E até podemos ser melhores numa área se gostarmos dela.

Hoje em dia, desenvolvem-se profissões que nunca existiram, podemos juntar duas áreas do saber que apreciamos numa só e usá-las para algo produtivo, por exemplo, a medicina e a robótica. Com a junção dessas duas áreas, podemos desenvolver próteses mecânicas, ferramentas médicas, etc.

Eu sei que é muito fácil falar, mas basta pensar, procurar e estudar o trabalho ideal, reunir bases suficientes, e com grandes hipóteses temos sucesso no nosso trabalho. Podemos sempre procurar pessoas que estão, ou que já estiveram, no nosso lugar, podem sempre dar-nos bons conselhos.

Uma das melhores decisões a tomar, quando temos dúvidas, é esperar um ano e estudar, experimentar e repensar seriamente várias vezes. Assim, evitam-se erros e mudanças de ideias. Poupamos tempo. Tudo isso é normal, afinal de contas o nosso futuro trabalho é uma das partes fundamentais da vida, não só para nós, como também para os outros. O nosso trabalho depende também dos outros, e pode ter consequências para todos.


Autora: Maria Inês Curto

Revisão: Beatriz Ferrão, Dinis Marques, Ana Paula Ribeiro

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