Viajar é abrir asas para voar

A melhor maneira de descobrirmos o mundo em que vivemos e de nos descobrirmos a nós próprios é viajando e passando por várias realidades, por várias culturas, deparando-nos com as várias perspetivas que podemos ter deste mundo enorme e diversificado, deixando a “bolha” em que vivemos.

Quando a viagem se destina à descoberta do “eu”, implica irmos com o coração e a mente abertos, podendo questionar tudo e logo a seguir encontrarmos, ou não, as respostas às nossas próprias interrogações. Por exemplo, algumas pessoas quando acabam o secundário decidem fazer um gap year para se conhecerem melhor e ao mundo e organizarem as suas ideias. É através da convivência com os outros e de conhecermos o mundo que nos rodeia que também nos conhecemos a nós próprios. É a sair da nossa zona de conforto e a fazer coisas que nunca nos imaginámos a fazer que descobrimos uma parte de nós, que apesar de sempre ter estado ali connosco, não se tinha revelado.

É através da viagem para uma nova realidade que realmente conhecemos uma nova cultura, uma nova forma de viver, ainda que já a conhecêssemos, só experimentando um pouco dessa vida é que a conhecemos de verdade. Deixamos de conhecer na teoria e passamos a conhecer na prática.

A viagem pode também acontecer sem sairmos do mesmo lugar; apenas por deambularmos no nosso interior, podemos conhecer-nos a nós próprios, entender determinados sentimentos e clarificarmos a nossa mente, partindo à nossa própria descoberta.

Concluindo, viajar é abrir asas para voar, é expandir os horizontes, é conhecermos uma nova realidade. Pode não parecer, mas, se realmente sairmos à descoberta de algo novo, podemos aprender muito e até conhecer melhor o outro.