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O candidato

Há alguns anos, assisti, privilegiado de lugar e tempo, a uma palestra de Al Gore, o eterno vice, que nunca chegou ao assento maior da democracia americana. Ele próprio glosava tal impossibilidade, como se fosse uma espécie de Karma, que o perseguia ou guiava na sua vida pessoal e política.

Não creio que as candidaturas aos cargos públicos em Portugal obedeçam à tormenta das vontades na América.

Por um lado, felizmente. De nada me importa saber se o candidato x é alinhado ou não. Mas já nos interessa, salvo o devido respeito por opinião alheia, se o candidato a qualquer lugar ou posto, se compromete e vincula aos valores da liberdade, da partilha, da escuta e da decisão consensual.

Não creio que tenhamos assegurado, no governo das escolas, essa matriz essencial e inabalável.

Um diretor, por maior que seja a sua preparação ou génio na governança, não pode e não deve prescindir da opinião avisada-estamos a falar de educadores-, de todos os colegas, individualmente ou em grupos/departamentos, cabendo-lhe, a partir de tais leituras ou escolhas, tipo GIR, como na PSP, tomar a decisão, com a consciência que ela representa o sentir da comunidade onde se insere e exerce o poder, em delegação, sem presunção de mando, e em benefício de todos os destinatários: alunos, professores e pais.

Creio que precisamos de aclarar estas intervenções, sem medos ou preconceitos.

Do que conheço do agrupamento, não sobram dúvidas da competência da maior parte dos atores que fazem girar a escola no dia a dia.

A grande interrogação é se nessa gestão complexa e alargada conseguimos incluir todas as sensibilidades.

Mesmo que não sejam idênticas ÀS NOSSAS. Mas isso é o que enriquece e valoriza tudo o que pensamos e tentamos executar. Ou estarei a ver mal?

Oxalá o candidato, qualquer que ele seja, tenha esta leitura alargada de que o exercício do poder é um árduo serviço, em benefício de toda a comunidade educativa e da sociedade. Lisboa, 11-2-23-Acúrcio

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