Desejos ou ilusões?...

Um dia destes, relativamente próximo, as nossas vidas, o normal curso da vida escolar, vão fazer escolhas. Bem sei que não é normal, muito antes do ato, publicitarmos equipa e projeto de intervenção. É pena. Uma e outra coisa justificam-se por vários motivos. Desde logo, o respeito pela informação aos destinatários, objeto de tudo o que se arquitetar ou pensar para os próximos tempos. Depois, porque , como repisa o povo, da discussão nasce a luz e é esta clareza que permite a decisão e a adequação a ela. Queiramos ou não a ideia romântica de uma escola família, terminou. Infelizmente. Os obreiros desta fenda, maior que as dos castelos medievais, por onde entram os invasores, no caso, os pensadores de outras formas de ler a realidade escolar e de a colar só a mando, desprovido do veludo das relações e das contingências marginais que justificam cuidado, espreitam o tempo de “ acerto de contas”! Uma escola, um conjunto delas chamado Agrupamento, é antes de tudo um lugar de pessoas e relações! Diferentes e diferenciadas nas funções, o que sendo uma enorme virtude, exige atenção, cuidado no trato e estratégias de formação e gestão permanentes, sem descuido. É esse o primeiro patamar a cuidar no Agrupamento. Se não for possível o conceito familiar, então que ao menos seja possível o conceito de par amigo, que se confronta todos os dias com os mesmos desafios e os tenta superar em conjunto, sem tombar em solidão, sem auxílio ou encorajamento. Depois a formação necessária, a nível de relações humanas, de empatia e de cooperação. Enxergando um objetivo de resiliência que beneficie toda a comunidade escolar. Enxertar na escola um conjunto de professores que pense em permanência as questões pedagógicas, respondendo aos desafios e sinalizando-os, além de serem uma espécie de guarda avançada do que háde vir, ajudando a preparar e encontrar soluções adequadas. E estabelecer parcerias credíveis e próximas, com poder de mobilização, a começar pelas associações de pais e empresas” amigas” do Agrupamento. Quem tem medo de pensar para lá do imediato? Esse é o dever de todos os professores dignos desse nome! De outra forma como se prepara, de forma crítica e antecipada, a melhor formação para um melhor futuro?