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A sustentável leveza do ser ...

Retomando Kundera, Um autor imprescindível para resistirmos à voragem do tempo e da existência, convém valorizarmos o que vem sendo proposto como solidez no burgo a que chamamos escola.

É claro que logo aí, encontraremos os velhos do Restelo, que o poeta maior tão bem retratou, a pedirem ausência ou contenção na ousadia.

É a humana resistência à mudança e à novidade, uma busca de fixar a zona de conforto a uma força à medida enganadoramente celestial, onde Lot não pára de olhar para trás. Nesse contexto, sabemos o que lhe aconteceu. Virou estátua de sal, com toda a simbologia à sua volta.

Não creio que, hoje em dia, nos possamos reduzir a essa leitura saudosista da vida, como se o céu fosse o lugar inalcançável, antes do fim dos tempos.

Pelo contrário, somos todos desafiados a fazer da busca e do caminho proposto um dos lugares de bem-estar, ou de céu, na expressão atualizada de tempo e espaço.

A nossa colega Olga, despreocupadamente, mas com consciência, introduziu-nos essa inquietação, que não sabe a desconforto, mas nos obriga a levantar do chão!

Que bom termos na escola professoras que como eu escrevi há tempos desenham no horizonte rasgos de luz…

Agora, com uma dádiva maior, se tal parecia possível, mas, pelos vistos, é, serve-nos à la carte, e ao domicílio, o menu adequado a sossegarmos os espíritos que nos atormentam, a começar pelos nossos medos ou ansiedades…

Desconfio que era isto que faltava fazer chegar ao mando, a começar na pirâmide, de quem precisa de levitar no espaço e permitir que outros o façam.

Como no Principezinho, se eu se tivesse tempo de mando, era isso que ofereceria a todos os habitantes vivos da escola!

Pode ser que algum não quisesse. Mas aí já era a sua teimosia que evitaria o milagre do bem-estar e da partilha. Afinal, o que somos nós sem os outros?

Obrigado, Olga, por esta viagem ao domicílio privado de cada um, sem ferir vizinhanças!!!! Lisboa-3-2-23- Acúrcio


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