Tudo é Fado

O Fado é o Destino, é aquilo que tem de ser e que acontece independentemente da vontade humana, é o caminho do qual não conseguimos escapar. Para aqueles que acreditam, o Destino já está previamente traçado desde o nascimento até à morte, para outros, são eles que ao longo da sua vida o vão delineando.

Quanto a mim, existe um Fado para cada um de nós. Primeiramente, tudo o que fazemos está pré-estabelecido e não dá para alterar. São várias linhas que se unem, são vários caminhos que acabam por ir dar ao mesmo sítio, mas que já estão estipulados.

Eu acredito que, quando pensamos que estamos a tomar uma decisão, essa escolha já está de antemão determinada. Neste caso, não temos livre-arbítrio, isto é, a capacidade de escolher o caminho que queremos seguir, pois somos apenas meros figurantes de uma história já pré-definida. Por exemplo, são várias as situações por que somos obrigados a passar e que não fazem parte de nossas escolhas e, caso tivéssemos poder ou os recursos suficientes, estas seriam mudadas.

Obviamente que tudo isto é subjetivo, pois não há forma de o comprovar. Porém, para mim, tem a força de uma certeza, a de que, independentemente das decisões que tomar, o Destino não vai mudar porque já está alinhado.

Parafraseando Ricardo Reis, o heterónimo de Fernando Pessoa: “Como acima dos deuses o Destino / É calmo e inexorável.”

Laura Ramos; 11.º E