Tecnologia e a sociedade
- Beatriz Mira
- 4 de jan. de 2022
- 2 min de leitura
Cada um terá a sua opinião. A minha talvez seja diferente da tua. Relativamente a tecnologia, uns são apelidados de antiquados, outros, acusados de não viverem realmente a vida. Mas factos são factos e é isso que eu me disponho a apresentar.
A palavra “tecnologia” é definida como o conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que permite o aproveitamento prático do conhecimento científico. Especialmente nos últimos tempos, a tecnologia tem evoluído tanto que até é assustador. Alguma vez pensaste nas formas super avançadas que inventaram que podem levar à destruição da vida como a conhecemos? Já no seu tempo, Albert Einstein disse: “Eu não sei como é que a Terceira Guerra Mundial será travada, mas a Quarta será com paus e pedras.”.
Stress, depressão, ganância, solidão e egoísmo são algumas palavras presentes na vida da maioria dos elementos da nossa desequilibrada sociedade do século XXI. Porquê? Por vários motivos, mas, como prometido, não me cabe a mim prescrever uma opinião. Surgem na internet inúmeros debates sobre o tema. Alguns acusam os telemóveis, afirmando que estes «impedem as pessoas de se aproximar e de conviver» e, a acompanhar, vem sempre uma foto, no metro atual, lotado e todos agarrados às suas tecnologias, sem abrirem a boca, a que um comentador anónimo acrescenta a sua definição de telemóvel “dispositivo usado para parecer menos solitário em locais públicos”. Por sua vez e em resposta a isso, postam uma foto de um comboio antigo em que todos os passageiros estão a ler o jornal sem olhar uns para os outros. Por baixo, está escrito um comentário do tipo “a tecnologia não tem culpa, as pessoas é que sim”.
A palavra robô surgiu numa peça de teatro, em 1920, e representava a servidão do trabalho forçado. E os robôs modernos, sejam de limpeza, de cozinha ou de uso industrial, servem para isso mesmo: poupar-nos de trabalhos que, normalmente, seríamos forçados a fazer. Mas, hoje em dia, também usamos a palavra robô noutro sentido. Provavelmente já disseste a alguém que estava por exemplo no telemóvel, a jogar um videojogo ou apenas parado a pensar, “pareces um robô”. Pequeno raciocínio rápido: robô significa escravatura; aplicamos este nome a alguém que está na dependência de, por exemplo, tecnologia; então, nós podemos ser escravos da tecnologia. A maioria das pessoas é escravo de algo e poderá ser essa a explicação das palavras que usei anteriormente para descrever a maioria dos elementos da sociedade. Tu és?
Podia concluir este artigo de várias maneiras. Podia resumir o que disse, podia apresentar algumas outras ideias sobre o uso da tecnologia e o impacto na nossa sociedade e podia até expressar a minha opinião, mas vou manter-me fiel à minha promessa de ser imparcial e acabar como comecei: cada um tem a sua opinião; a minha pode ser diferente da tua. E apenas acrescentar uma coisa desta vez: «mas qual é a tua opinião?».
Texto: Beatriz Mira, 11.ºC3
Revisão: Prof.ª Ana Paula Ribeiro

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