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A pressão da sociedade em relação à felicidade

  • Maria Ferreira
  • 4 de mai. de 2022
  • 2 min de leitura

“E viveram felizes para sempre…” Assim acabam os contos de fadas que ouvimos desde crianças. Crescemos a ouvir falar num único objetivo: sermos felizes. A felicidade é vista como o expoente máximo de tudo: sucesso pessoal, familiar, profissional ou financeiro.

É essa a pressão que sinto enquanto jovem, mas, pela pouca experiência de vida que possa ter, acho que esse molde de felicidade não será alcançável dessa forma, parece-me utópico.

Muitas vezes esta procura pelo sentido da felicidade torna-se em algo danoso, uma pressão sobre nós. Este sentimento assombra principalmente os jovens que temem por vezes um futuro tão incerto. Questionam-se se serão capazes de encontrar essa tal felicidade nos moldes em que a incutiram na nossa mentalidade. Mas, afinal, não estamos nós, ainda, a construir o conceito de felicidade, a aprender mais sobre o mesmo e como este deve ser encarado como um processo – constituído por várias etapas ao longo do tempo?

Gosto de observar à volta. Gosto de observar as gerações seguintes e desmontar a fantasia em que nos criaram. Afinal, vejo-as serem felizes com as coisas mais simples e mais bonitas da vida. Para elas, a felicidade é mais um ser do que um estar, aprendem a ser felizes com elas próprias e a apreciarem todos os momentos que colecionam ao longo dos dias, quais pequenas peças de puzzles. Assim completam o mapa da felicidade.

Sei que que, só passando por todas essas fases chegarei à maturidade de a reconhecer quando ela surgir ao virar de uma esquina e me sorrir sorrateiramente. Ela ensina-me que, sim, fomos felizes para sempre, apenas não com a carga enorme dos contos de fadas, em que tudo é perfeito.

Maria Ferreira; nº 15; 11.º E


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