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A decisão final

  • Afonso Ferreira
  • 5 de mai. de 2022
  • 2 min de leitura

A eutanásia é o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável. A sua legalidade não obriga ninguém a morrer, apenas dá uma escolha a quem mais precisa. Desta forma, respeita a liberdade de escolha de cada um e viabiliza o direito a uma morte digna.

Não cabe a nenhum de nós eliminar essa escolha quando nunca estivemos na pele de alguém que sofre de uma doença incurável e terminal. Por exemplo, sabe-se que fumar mata, mas não se torna ilegal o tabaco, apenas fica a escolha de cada um fumar ou não.

Os opositores à mesma defendem com todas as forças que uma boa rede de ajuda ao sofrimento incurável é uma boa alternativa à eutanásia. Há pessoas que estão em sofrimento extremo, com uma doença incurável e para quem os cuidados de saúde estão longe de ser uma solução. Não estou a falar de um sofrimento causado por um fim de um namoro ou algo do género, mas, sim, de um sofrimento físico e psicológico interminável. Em países com os melhores cuidados de saúde, como a Bélgica (5.º lugar) e a Holanda (8.º lugar), a eutanásia é aceite.

O respeito pela autonomia do paciente é importante. Quando o doente está em si e consegue decidir se recorre à eutanásia, ninguém deveria ter o direito de a negar. Não é a família nem o médico que vão escolher o caminho do doente: o mesmo deve escolhê-lo.

“Ajudar a morrer serena e tranquilamente, acabando com o sofrimento inútil, é uma atitude de elevado valor moral e de grande humanismo”, afirmava João Semedo, médico e político português, vítima de doença prolongada, que defendeu desde sempre até à sua morte a legalização da eutanásia.


Texto: Afonso Ferreira; 11.º E

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