JOSÉ MARIA, O NOSSO PATRONO CERTAMENTE GOSTOU DA CONVERSA

O ciclo anual da vida das pessoas e das experiências culturais levou-nos de novo à celebração do patrono da escola-mãe do nosso Agrupamento: José Maria de Eça de Queiroz.

É tradição da escola convidar uma personalidade de fora da escola, que venha trazer-nos o prazer da sua vista e honrar-nos com a riqueza do seu saber.

As convidadas deste ano foram a Alice Vieira — escritora bem conhecida de todos, pessoa muito afável e, no fundo, velha amiga da Eça, já que não era a primeira vez que vinha à escola, mas de quem tínhamos muitas saudades; e sabemos que ela gosta muito da escola! — e a Ana Sousa Dias, jornalista, vizinha dos Olivais e que conhece muito bem o nosso bairro.

Tanto uma como a outra fizeram questão de se afirmarem como jornalistas, sendo a Ana Sousa Dias actualmente a Provedora do Espectador da RTP.

A sessão de celebração do Patrono — moderada notavelmente pelas jornalistas do EçaNews Inês Curto e Beatriz Mira — aconteceu aos 3.º e 4.º tempos de aulas da manhã do dia 25, sendo proposto a ambas as convidadas discorrerem e levarem a audiência a discorrer à volta do desafio “Falar com Eça. Como se sentiria ele a falar connosco e como nos sentiríamos nós? Quem estranharia mais?”

Na verdade, a jornalista-escritora e a jornalista-provedora foram exímias e entusiasticamente contagiantes a ajudarem-nos a gostar um pouquinho mais do nosso Patrono; e a gostar mais de ler; e a gostar mais, também, de conversar e de escrever; e a gostar mais das nossas comunidades de pertença (os bairros dos Olivais e de Marvila).

A Sr.ª Directora do Agrupamento deu as boas-vindas a convidadas, alunos e professores presentes no auditório 1 da escola; agradeceu a todos e abriu a sessão.

Logo a seguir, o 12.º ano do curso profissional de Interpretação, Actor e Actriz, entrou em palco e proporcionou a toda a audiência uma muito dinâmica e bem conseguida representação totalmente construído na base de perguntas muito pertinentes que os jovens actualmente fazem acerca da importância da participação cívica e política activa, perguntas essas contundentemente respondidas por Eça de Queiroz, deste modo dando vivo testemunho da relevância do tanto que pensou e escreveu há mais de 120 anos.

Uma pequenina surpresa foi reservada para a parte final da sessão, quando, via WhatsApp, o Rúben Matay, antigo aluno da Eça, apareceu a saudar as senhoras convidadas, em especial, a Alice Vieira, que é Patrono (a jornalista-escritora não gosta da forma feminina “Patrona”) da escola — também dos Olivais! — frequentada pelos seus filhos, e pediu-lhe que nos dissesse como é ser patrono e assim, podendo assim, pelo seu testemunho pessoal, dar-nos uma ideia de como Eça, eventualmente, se sentiria caso soubesse que, coladinha à Toca de Carlos e Eduarda d’ Os Maias, havia uma escola com o seu nome.

E a sessão acabou, ao fim de duas horas, como gostamos que as sessões acabem: com muita satisfação, todos sentindo por bem empregue o tempo ali passado.

Sim, hoje merecemos o nosso Patrono.

Obrigado, Alice! Obrigado, Ana! Obrigado, Matay! Obrigado, Inês e Beatriz! Obrigado, Núria, Luana, Érica, Rúben, Bruno, Tomás e Marco! Obrigado, alunos do curso de Multimédia, que fizeram o registo fotográfico e vídeo da sessão! Obrigado, colegas professores que deram o seu contributo para a realização da sessão!