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Existirão casos excecionais para a experimentação animal?

Um intenso debate sobre a experimentação animal emergiu, especialmente nas últimas três décadas, a partir de questionamentos sobre a legitimidade moral e científica dessa forma de utilização de animais. Na atualidade, recorremos frequentemente a animais como meio de testagem para diversos produtos das mais variadas indústrias como, por exemplo, alimentar, cosmética, farmacêutica, entre outras.

Como ser humano, sou da opinião de que não devemos ter o controlo total sobre outros seres, apenas porque somos detentores de raciocínio e de uma posição superior, que nos dá a possibilidade de exercer este tipo de tortura e sofrimento sobre outros seres. Provocar a morte e o sofrimento de animais para efetuar testes de produtos, por exemplo, da indústria da cosmética, como maquilhagem e produtos de cabelo é, no meu ponto de vista, injustificável visto que estes não são indispensáveis à nossa sobrevivência nem contribuem para um avanço tecnológico ou científico. Existem para este tipo de produtos alternativas de testagem que não necessitam causar sofrimento a nenhum ser vivo.

Apesar de o ser humano estar sempre à procura de novas e melhores maneiras de assegurar a sua sobrevivência, não deixa de ser imperativo certificarmo-nos de que as nossas escolhas estão a contribuir para algo significativo, não criando sofrimento desnecessário. Por isso, no meu ponto de vista, os testes em animais que visem um avanço a nível da ciência e da saúde constituem exceções pois contribuem para um bem maior como a cura de doenças como o cancro, a leucemia, a sida, entre outras.

Em conclusão, é necessário termos a consciência de que as nossas ações influenciam não só a nossa vida como a de outras espécies e, por isso, creio que o avanço científico e tecnológico é imprescindível e, nesses casos, a testagem em animais é justificável e o sofrimento animal, apenas para fins estéticos, não é justificável.



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