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Educação Digital e Inteligência Artificial nos ensinos Básico e Secundário

Os alunos, desde muito cedo, usam as tecnologias e a Inteligência Artificial (IA) mesmo sem se aperceberem. É, por isso, muito importante que saibam dominar as plataformas que usam, entendendo o seu funcionamento e não se deixando dominar por elas nem por impulsos consumistas, muitas vezes ligados às referidas tecnologias, que frequentemente se traduzem em aplicações usadas em telemóveis. Portanto, é fundamental que os alunos interajam com essas aplicações com espírito crítico e que sejam capazes de mudar a forma de as utilizar de modo a não serem dominados pelas mesmas.


Aprender o que é o mundo digital é fundamental, de modo a que os alunos possam entender, refletir e tomar atitudes responsáveis e com segurança. Precisam de saber que uma simples pesquisa na internet não se limita a isso, entendendo como pesquisar e analisar os seus resultados e ter consciência de que qualquer pesquisa deixa um rasto quase impossível de apagar.


O papel do professor passa, então, por explorar a criatividade destes jovens de forma a que estes possam, conscientemente, dominar e controlar os resultados que a IA muitas vezes lhes oferecem, ao mesmo tempo preparando-os para as exigências do século XXI.


O professor tem e terá cada vez mais ao seu dispor ferramentas que o vão ajudar a melhorar os processos educativos, permitindo aplicar processos de aprendizagem individualizada, não só para alunos com NEE, mas também para todos os outros.


Os alunos poderão progredir à sua velocidade, aprendendo muitas vezes através do processo de tentativa-erro, através da brincadeira, jogando e programando de forma fácil e intuitiva.


O facto de neste instante estar a acontecer, perante os nossos olhos a invasão de um país, faz-nos refletir sobre a temática da IA numa guerra. A IA, usada numa guerra, pode ter riscos bastante elevados, não só pela sua imprevisibilidade perante alguns fatores (por exemplo, na distinção entre civis, militares, escolas, hospitais e instalações militares) mas também pelo facto de ser muito fácil a um país adquirir este tipo de tecnologia. No fundo,

o perigo maior é o facto de os programas de IA não perceberem, por enquanto, o valor da vida humana.


Por outro lado, é interessante pensar na abordagem da IA em relação à imaginação do ser humano (que pode ser estimulada através da IA e da criação de, por exemplo, mundos artificiais).


É também interessante perceber as potencialidades da IA na escola, compreendendo o que já se faz e o que se pode vir a fazer, tanto em relação a ferramentas para o professor como para o aluno. A capacidade de cada aluno poder progredir ao seu ritmo parece-me um tema muitíssimo interessante, em que a IA tem um papel muito relevante, ao atribuir tarefas diferentes a alunos diferentes. Como já referi anteriormente, neste momento este tipo de aprendizagem individualizada já existe, e é aplicado no segundo ciclo na disciplina de TIC. (Usando, por exemplo, a ferramenta UBBU – Academia do Código)


É também interessante perceber que estamos rodeados de IA por todos os lados. Não só pelos assistentes de voz mais conhecidos, presentes nos nossos telemóveis e colunas “inteligentes” (Siri, Alexa, Bixby, Google Assistant) mas também quando, por exemplo, nos dirigimos aos hospitais para uma simples consulta. O processo é muito simples, sendo só necessário uma pessoa dirigir-se a um terminal, inserir o seu cartão de cidadão, efetuar o pagamento, e imediatamente receber uma senha com o número do consultório e hora prevista de atendimento. Tudo isto sem interação humana, para o bem... e para o mal. À semelhança do filme “AI – Artificial Intelligence”, de Steven Spielberg, onde nos é apresentada uma “criança robot”, a IA pode ajudar-nos a colmatar falhas na nossa vida social e afetiva, mas também pode criar uma solidão absolutamente gritante. Algo em que pensar.


“- Female Colleague: If a robot could genuinely love a person, what responsibility does that person hold toward him in return? It's a moral question, isn't it?

- Professor Hobby: The oldest one of all. But in the beginning, didn't God create Adam to love him?”


April Grace - Female Colleague

William Hurt - Professor Hobby

Do filme: “AI – Artificial Intelligence” realizado por Steven Spielberg

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