Alcançar o inalcançável
- Maria Carolina Tavares 12E
- 20 de dez. de 2022
- 1 min de leitura
À medida que vamos crescendo, cresce connosco a ideia de que temos de ser perfeitos em tudo aquilo que fazemos, tornamo-nos mais exigentes em relação aos outros, ao trabalho, ao amor e ao mundo no geral. Do mesmo modo, somos alvo dessa exigência vinda de todos os lados ou, pelo menos, assim o sentimos. Exigimos ser bons alunos, amigos presentes, namorados exemplares, filhos perfeitos e por aí em diante.
É nesta tentativa de alcançar a perfeição que cometemos grandes erros. Olhamos algo dito perfeito como uma coisa que também gostaríamos de alcançar, sem nos apercebermos, muitas vezes, de como esse perfeito pode ser muito imperfeito. A busca desta perfeição imperfeita leva-nos muitas vezes à autoagressão, nas suas mais variadas formas, seja através de pensamentos de desvalorização, seja através de dano físico. Esta necessidade de perfeição que o mundo nos impõe ou que nós mesmos nos impomos, leva-nos a transformar uma ideia numa obsessão, entrando num caminho solitário, um caminho que nos afasta cada vez mais de nós mesmos e das coisas simples que nos fazem felizes. Vivemos para ter, para agradar, para chegar a algum lugar, sem nos apercebermos que cada vez mais rumamos à imperfeição.
É, por isso, importante desconstruir esta ideia de perfeição, aliviar a pressão que sentimos ao observar o sucesso daqueles que nos rodeiam e procurar uma identidade própria sem tentar seguir o exemplo dos outros, compreendendo a nossa individualidade e aceitando nossa diferença.

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