Apesar dos tempos em que vivemos, a maioria dos alunos não se interessa por política, sendo que provavelmente nem sequer sabem quem é o presidente da câmara da sua cidade. No entanto, os culpados não são os alunos.
Cabe não só aos encarregados de educação como também às escolas introduzir a política aos alunos, levando-os a adquirir a sua própria opinião acerca de diversos temas relacionados com a política do seu país e do mundo. Afinal de contas, são esses mesmos alunos que acabarão por ter impacto no futuro do seu país, seguindo carreiras políticas ou até pelo simples, mas importante, facto de votarem.
A ausência de debate político na família e na escola leva os alunos à descrença num futuro através dos seus representantes, não se apercebendo que o futuro de cada um depende dele. Nesse sentido, a escola deve ter por objetivo estimular a participação dos jovens na política e ajudá-los a qualificar o seu voto, abrindo, portanto, um caminho para o voto consciente e dando o primeiro passo para uma política e um país melhor.
Com a ausência de uma opinião formada sobre as políticas do seu país, é cada vez mais frequente a subjetivação política nas escolas, ou seja, o embate entre alunos ou até com professores devido aos seus ideais, já que a escola é um local propício para esses acontecimentos, pelas diferenças culturais e pessoais de cada aluno. Graças a isto, vemos cada vez mais a imposição de discursos segregativos entre alunos, que, ao não estarem preparados, acabam por se ver obrigados a adotar essa mesma ideologia.
Sendo assim, e com os olhos no futuro do país, deveria ser cada vez mais a prioridade das escolas a introdução de temas e discussões de natureza política na sala de aula.