Como deve ser de conhecimento geral, a arte não é valorizada em Portugal. Embora algumas atividades artísticas sejam mais desvalorizadas do que outras, a verdade é que todas elas o são. E, na minha opinião, este desprezo pela arte é um problema grave.
Primeiramente, a arte tem um papel importantíssimo na representação de uma nação no mundo. O processo de criação artística é fortemente influenciado pela história e pela cultura do país em que ocorre. Assim, quando uma obra ou um costume artístico se espalha pelo planeta, chega a todos os países uma pequena demonstração dos costumes e do passado da região de origem, o que lhe oferece uma maior visibilidade. Por exemplo, o mural do Teatro dos Insurgentes, pintado por Diego Rivera, contém diversas figuras políticas que tiveram um papel relevante na luta pela independência do México e, ainda, alguns elementos que remetem para a cultura deste país, como as cores vivas utilizadas em toda a obra ou as personagens com os trajes típicos.
Para além disto, a arte é uma área muito subjetiva. Não existem critérios propriamente ditos que nos permitam distinguir o certo do errado, pelo que cada indivíduo tem toda a liberdade para se expressar como muito bem entender. Até os movimentos vanguardistas, que não costumam ser muito bem recebidos pela comunidade, acabam por ser aceites. Por exemplo, o Cubismo é uma corrente artística modernista que, inicialmente, foi bastante criticada. No entanto, a obra “Guernica”, de Picasso, é uma obra cubista e, atualmente, considerada a mais emblemática da carreira do pintor.
Resumindo e concluindo, a arte é muito importante e não devia ser desvalorizada, uma vez que representa a cultura e a história de um país no estrangeiro e permite a expressão livre dos nossos sentimentos.